Daiane Reis, Enfermeira responsável pelo epidemio, Luciene Machado, Visitadora Epidemiológica e Givago Santos, Visitador Epidemiológico, concederam entrevista à Rádio Tupã sobre a Dengue:

"Hoje no ano de 2024, a gente teve cinco casos suspeitos, todos deram negativos até o momento, então a gente é considerado o município que ainda não teve nenhum caso positivo, mas como eu disse, isso pode mudar porque a gente tem vários municípios vizinhos que já tem casos positivos e no ano de 2023 a gente teve 11 casos positivos, então foi um número grande, mas a gente sabe que a tendência é aumentar então, por isso, que a gente vem aqui conversar, a gente já teve três óbitos no Estado do Rio Grande do Sul, a gente tá com 4.045 casos positivos no Estado, então isso é bem importante e mais de 2.000 em investigação. Então esses números provavelmente vão chegar até 5.000 daqui uns dias e vai continuar aumentando, por isso que a gente precisa quebrar o ciclo do mosquito". (Daiane 1)

Daiane cita a importância da pessoa com sintoma da Dengue, procurar o posto de saúde. A automedicação pode prejudicar o tratamento. Luciene comenta sobre o Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, o qual tem 100 metros de raio para proliferar mais mosquitos ou contaminar pessoas:

"Se ele tá na tua casa, lá ele fica e ele vai procurar, se não achar água na tua casa, ele vai até 100 metros, daí ele deposita os ovos, tudo na rotina dele, e depois ele volta para tua casa de novo. Ele volta porque na tua casa é a fonte de alimento dele, ele volta para a fonte de alimento. Ele sai, coloca os ovos aonde ele conseguir e daí ele volta de novo". (Luciene 1)

Givago cita como opera a equipe, a qual visita todos os bairros de Tupanciretã buscando, ao identificar larvas do mosquito ou possíveis focos, combater o ciclo:

"Nós temos uma lista com todos os bairros do município onde é feito em média de 3 a 4 ciclos de visitas em cada bairro durante todo o ano. No momento a gente está no bairro Pedreira, terminando esse bairro a gente vai para o próximo e assim sucessivamente até passar para o próximo ciclo de novo no bairro Pedreira. Então como é feita essa visita: a gente chega até a residência, bate palma, chama o morador, pede autorização para fazer essa inspeção no pátio, com o objetivo de identificar os possíveis criadores e futuros criadores de focos de mosquito, no caso, por exemplo, seria os focos nos potes do cachorro, piscina, ralos, enfim, todos os possíveis criadores". (Givago 1)

A equipe enfatiza que não há multa ou aplicação de qualquer prejuízo ao morador, caso seja identificado algo equivocado. A equipe apenas irá auxiliar o morador para corrigir e combater o agravante da doença. A entrevista completa está disponível nas plataformas digitais da Rádio Tupã.