Não faltava mais nada. Agora, um engarrafamento mundial de contêineres provoca escassez e alta de preços de produtos aqui. Empresários gaúchos - tanto da indústria quanto do varejo - têm relatado dificuldades há semanas à coluna, que vão do atraso na saída de mercadorias importadas da origem até o frete 10 vezes mais caro.
O descompasso, que deu os primeiros sinais ainda no ano passado, piorou no início do segundo semestre de 2021. Surtos de covid-19 fecharam portos na China, país que compra mais de 40% do que o Rio Grande do Sul exporta e vende 13,8% do que importamos. Isso travou o comércio exterior, com efeitos que seguem sendo sentidos ao longo de meses.
Nos Estados Unidos, no mesmo período, disparou o consumo com o avanço da vacinação, em cima de hábitos nos quais o e-commerce ganhou ainda mais espaço. O resultado é fila de embarcações nos portos para descarregar contêineres. É do país que vem 14% do que o Rio Grande do Sul compra do Exterior. De lá, vêm quase 8% das nossas exportações.
Ainda na metade do ano, importadores mais planejados correram ainda na metade do ano para garantir a entrega de mercadorias de Natal. O funcionamento do Porto de Los Angeles, agora, é 24 horas por dia, depois que a Casa Branca interveio para resolver gargalos que dificultam o comércio e aumentam os preços. Ainda assim, cerca de 12 navios com milhares de contêineres permanecem ancorados na baía aguardando uma vaga nas docas lotadas e esperando até mais de 10 dias. Por lá, passam US$ 250 bilhões em bens por ano. Dentro, estão os mais diversos produtos, de insumos para a indústria até os brinquedos, tão vendidos no Natal.
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