A fumaça proveniente das queimadas, e que se encontra na região central do Rio Grande do Sul está atuando como uma espécie de filtro natural, deixando passar apenas as frequências mais baixas do espectro de luz visível, deixando todos os objetos celestes com esse tom vermelho/alaranjado. É um fenômeno semelhante ao que ocorre normalmente ao nascer ou por do sol, quando as partículas de vapor filtram a luz.
Normalmente, fotografar ou observar o Sol requer o uso de combinações de equipamentos e filtros especiais, portanto, esta foto foi realizada na manhã desta quarta-feira, 11 de setembro de 2024 pelo projeto Bate-Papo Astronômico, utilizando um telescópio refrator e câmera do celular, sem auxílio de filtros. Também não houve edição de cor. Apesar de ser um momento muito triste e preocupante, é inegável que proporciona lindas imagens. Na foto, também é possível perceber a presença de diversas manchas solares, que são regiões mais frias e com campo magnético muito forte, onde costumam ocorrer as explosões solares. O Sol possui um ciclo de atividade máxima que se repete a cada 11 anos aproximadamente, e neste momento estamos vivenciando este ciclo, mas é algo totalmente natural.
Apesar da coloração vermelha atrair os olhares e fotos, o projeto esclarece que é perigoso olhar para o Sol sem filtros adequados, e o uso de equipamentos óticos como binóculos e telescópios sem os devidos cuidados pode causar danos instantâneos e permanentes à visão. Nem toda a luz visível está passando, mas a incidência de ultravioleta ainda pode ser muito alta, causando queimadura permanente na retina.
Fonte: Bate-Papo Astronômico - Santa Maria
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