Desde a última quinta-feira, a direção da Escola Estadual de Ensino Fundamental Antônio Silveira vem travando uma batalha pela não municipalização do educandário.
Segundo a equipe diretiva, a Administração Municipal oficializou junto à 9ª Coordenadoria Regional de Educação a solicitação da Escola como parte de pagamento da dívida que o Estado tem com o município. Em outras oportunidades já houve movimentação tanto por parte do executivo querendo o prédio quanto da comunidade escolar não aceitando tal mudança.
Em reunião com os professores e funcionários na sexta-feira, dia 15, foram definidas ações que estão tomando forma: realizaram ações de conscientização no educandário junto aos alunos, efetuaram convite para as demais escolas estaduais participarem de mobilização que ocorre hoje no centro da cidade e na noite de ontem, com auditório lotado, receberam 100% de aprovação pela luta em prol da não emancipação em uma reunião com pais e responsáveis. Agora pela manhã, a comunidade escolar, com apoio de outros educandários estaduais, está mobilizada no centro da cidade, percorrendo a Avenida Vaz Ferreira, dando visibilidade à situação e solicitando o apoio dos tupanciretanenses para que o Antônio Silveira permaneça sendo uma Escola Estadual.
Na próxima quinta-feira, às 19h, na Câmara Municipal de Vereadores, a escola estará realizando uma audiência pública para tratar do assunto, para a qual foram chamados os poderes Legislativo, Executivo e Ministério Público, membros da 9ª CRE e comunidade escolar. Segundo a diretora da Escola Antônio Silveira, Francielle Moraes Ramos, se a municipalização fosse uma ação positiva, professores e funcionários seriam os primeiros a apoiar sua definição. Mas este não é o caso. Municipalizar significará desemprego de professores e funcionários, o desmonte de mais uma escola pública estadual, tendo em vista que já foram entregues os educandários Hermínio Beck e Tupanciretã, e, até mesmo, aumentaria
significativamente o gasto do município para cumprir com sua manutenção.
"É com grande alegria que a gente conta com apoio dos professores, funcionários, equipe diretiva, pais, alunos, a nossa comunidade não quer a municipalização. A gente quer seguir com a história da Escola Antônio Silveira, a gente vai lutar contra esta municipalização, porque a escola Antônio Silveira tem uma história a zelar, tem um compromisso com a aprendizagem, com ensino da nossa cidade. Vamos lutar, vamos fazer essa caminhada, vamos mostrar para toda a comunidade geral que nós não queremos, que nós somos contra a municipalização, nós defendemos a nossa escola Antônio Silveira". Disse a diretora Francielle durante ato realizado na manhã de quarta-feira, quando o educandário tomou proporção pela avenida Vaz Ferreira.
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Antônio Silveira, conhecida como Polivalente, em breve completará 47 anos de existência, tendo realizado inúmeras reformas em sua estrutura, tornando-a privilegiada para o convívio e a aprendizagem dos quase 400 alunos que nela estudam.
A reportagem buscou contato com a Secretaria de Educação Municipal, a qual desejou não se manifestar a respeito. A 9ª CRE não atendeu a reportagem.
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