O Inter precisava da vitória no Gre-Nal. Não só para seguir na luta por uma vaga à próxima edição da Libertadores, mas tirar o peso dos insucessos recentes no clássico. A entrega na partida, brindada com o gol de Taison no 1 a 0 sobre o maior rival na noite de sábado, foi o êxtase de uma noite mágica, marcada por provocações no Beira-Rio diante da chance cada vez maior de rebaixamento do Grêmio.
Em campo, o Inter contou com os retornos de Moisés, Rodrigo Dourado, Patrick, Taison e Yuri Alberto em relação ao time que iniciou na derrota por 1 a 0 para o São Paulo. Ao melhor estilo Aguirre, os mandantes começaram no ataque. Pouco davam espaço ao Grêmio, tentavam forçar o erro e chegar ao gol.
Quando era atacado, o Colorado penava pelo lado da direita da defesa. Renzo Saravia sofria para conter Douglas Costa ou Ferreira, que invertiam a todo instante. Porém, aos 39 do primeiro tempo, o lance que mudaria o capítulo 434 do principal jogo gaúcho.
Rodrigo Dourado acionou Edenilson, que estava na intermediária ofensiva, pela direita. O camisa 8 observou o posicionamento de Taison e cruzou na medida, às costas de Rafinha. O capitão colorado se movimentou e, quase da pequena área, cabeceou no canto esquerdo de Chapecó. (Gol do Inter)
O Beira-Rio entrou em frenesi. O camisa 10 correu até a frente da Popular, principal torcida do clube, e fez o tradicional gesto do punho cerrado para o alto, em combate ao racismo, antes de sumir entre os companheiros. Das arquibancadas, a alegria ficava nítida com a cantoria ainda mais forte.
O Inter ainda teve a oportunidade de ampliar. Aos 44, Edenilson encontrou Patrick embaixo da trave, mas o Pantera acertou o poste.
Quando o árbitro Marcelo de Lima Henrique encerrou o clássico, começou a festa. Os colorados comemoraram como se fosse um título. Se atiraram no gramado e trocaram abraços, enquanto Mauricio pedia para a torcida cantar mais forte.
Durante a celebração, Patrick apareceu no gramado com dois caixões do Grêmio. O grupo do Inter se dirigia até a Popular para seguir a festa quando os tricolores, puxados por um irado Bruno Cortez, partiram para cima e iniciaram a confusão. O lateral-esquerdo e o Pantera acabaram expulsos, mas a briga prosseguiu por um bom tempo.
Os colorados receberam bandeiras, bumbos e até um se fantasiou de fantasma no campo. A torcida cantava "Arerê, o Grêmio vai jogar a Série B" ainda mais pesado. Desta vez, acompanhada pelas caixas de som do Beira-Rio, que tocaram a música eternizada na voz de Ivete Sangalo.
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