Novo monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apontou que mais de 33% dos adultos, de 20 a 60 anos, estão com sobrepeso, um dos principais fatores de risco para o surgimento de câncer. O dado, relativo a 2024, está incluído na mais recente atualização do painel Observatório do Câncer.

As informações abrangem a obesidade na população gaúcha, de zero a 60 anos, atendida nas unidades de atenção primária de saúde. Conforme os dados, no último ano, a população de crianças acima do peso na faixa de zero a dois anos no Estado, apresentou um indicador de cerca de 7%. No grupo de crianças de dois a cinco anos, em torno de 9%. Entre os adolescentes, a prevalência de foi de 21%.

O indicador utiliza os dados referentes ao número de pessoas atendidas e avaliadas em serviços de Atenção Primária à Saúde, conforme faixa etária. A redação pesquisou o índice para os municípios de Tupanciretã, Jari e Júlio de Castilhos. Prevalência de indivíduos com sobrepeso para a faixa etária de 0 a 2 anos, a população jariense e castilhense está muito acima da meta ideal, e os tupanciretanenses estão acima da meta.

Na faixa etária dos adolescentes, os três municípios estão muito acima da meta, o mesmo serve para a faixa etária dos adultos. O resultado é inevitável quando visualizado o gráfico do registro do consumo de alimentos ultraprocessados. O ideal da meta seria em 25%, porém Tupanciretã têm apenas 3%, e Jari e Júlio de Castilhos estão nos 0%. Exemplos de alimentos ultraprocessados: chocolate, refrigerantes, macarrão instantâneo, biscoitos recheados, salsichas, bebidas achocolatadas, gelatina e maionese.

Estudos indicam que o consumo desses alimentos está associado ao maior risco de desenvolvimento de diversos tipos de câncer, como colorretal, de mama e de pâncreas. O Observatório do Câncer é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Saúde, com apoio profissional e execução do Núcleo Técnico Científico de Telessaúde e suporte do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde.