O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) realizou uma manifestação em Tupanciretã, durante a tarde, realizando uma reunião do movimento inicial em frente ao Fórum, entregando uma carta simbólica à Defensoria Pública, em uma ação de nível Estadual. 

Silvia Reis Marques, Assentada da Reforma Agrária e do Setor de Gênero do MST, conversou com a reportagem, e destacou sobre a ação ocorrer também em outros pontos do Estado, incluindo Pelotas, região da Campanha, Livramento, São Gabriel, Porto Alegre e Guaíba em frente a empresa CMPC. Este movimento é contra a aplicação da Silvicultura:

"O Poder Público tem o compromisso de ajudar a defender a nossa vida, a vida humana, a saúde, os territórios, alimentação para todos nós. Então é com muita coragem que estamos aqui nesse sol, esse sol quente, mas que é nesse sol que a gente está com nossas roças que a gente faz a nossa luta que a gente faz as nossas marchas, estamos aqui com os nossos filhos e filhas que é o nosso futuro que é o futuro que são as próximas gerações, assim como todos nós da cidade, também temos nossos filhos, nossos netos, e a gente sonha que todo mundo possa viver bem e viver em abundância e por isso precisamos defender o nosso planeta e por isso nós reforçamos essa grande jornada de luta que traz o lema: O agronegócio é a violência, é crime ambiental. A luta das mulheres é contra o capital". (Silvia 1)

Mulheres da região das missões, norte e centro estão no município, e percorreram a Avenida Vaz Ferreira, buscando conscientizar a população. Nesta semana, marcada pelo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as mulheres camponesas denunciam a destruição ambiental pelo qual o bioma Pampa, segundo elas, está sendo submetido, quando acusam a empresa Chilena CMPC por representar uma das principais empresas por aplicar a Silvicultura, e pelo vazamento de cloro líquido, causando intoxicação.

A defensora Michele Caputti, atuante em Santa Maria, atende Tupanciretã durante toda quinta-feira, e recebeu a carta, quando se comprometeu a encaminhar para o Núcleo Especializado em Meio Ambiente da Defensoria Pública do Estado, em Porto Alegre, para análise e possíveis encaminhamentos.