Julieta Dal Castel Lopes, Presidente do Sindicato Rural de Tupanciretã, concedeu entrevista à Rádio Tupã na manhã de sexta-feira, repercutindo o evento do SOS AGRO RS ocorrido em Porto Alegre.
Inúmeras entidades, produtores e políticos se reuniram, e segundo os organizadores, mais de 3 mil pessoas estavam reunidas antes das 10 horas na Casa do Gaúcho, no Parque Mauricio Sirotsky Sobrinho. Julieta aponta os próximos passos:
"Primeira ação será na terça-feira, haverá uma audiência pública em Brasília da qual os participantes, principais do Agro, estarão participando, vão colocar ônibus à disposição de quem desejar ir terça-feira agora em Brasília e lá será entregue novamente as reivindicações, será acompanhado essas medidas que foram a MP foi alterada, foi pedido alguns itens, alguns artigos ali foram solicitados alterações pela parte e agora depende muito de acontecer isso, mas ninguém tem previsão. Ouvimos a manifestação do próprio representante do ministério, onde ele diz que só após a publicação para saber quais as alterações que ocorreram, então a gente não tem como te falar sobre isso. A nossa percepção é que realmente o produtor, como tá chegando perto do dia 15, e não temos nada de concreto, o produtor tá acordando junto". (Julieta 1)
Foram mais de 5 horas de evento, transmitido pelo AgroDelas, com falas de autoridades, como a de Gedeão Silveira Pereira, presidente da Farsul, entidade parceira do movimento, comentando sobre a MP:
"E o que não nos agradou na medida provisória, e por que isso nós estamos aqui, porque o governo tentou, chamou até a Grazi a Brasília junto com as cooperativas, o governo tentou fazer alguma coisa. Nós não sabemos se quem tá tentando que é o nosso Ministério da Agricultura tem força para poder resolver o tempo, porque na realidade o que veio nessa Medida Provisória que não nos contempla, ela veio extremamente burocrática, difícil de acessar, porque depende de conselhos municipais, quando o sistema financeiro que teve reunido lá na Farsul na sexta-feira passada, Banco do Brasil, sistema Sicredi, BADESUL, e eles mesmo disseram não precisa nada disso, basta o produtor rural que é nosso cliente e nós conhecemos a vida de cada produtor Rural desse Estado, dizer a situação dele, quando muito uma declaração". (Gedeão 1)
O governador do Estado, Eduardo Leite, enfatizou a razão do evento:
"Porque eu sei que nesse Brasil polarizado, de enfrentamento de campos políticos, não faltará quem queira traduzir e dizer que este movimento tem alguma conotação partidária, alguma conotação de oposição a determinado partido, determinada corrente política seja o que for, e eu digo e aqui em alto e bom som para que a imprensa que cobre este evento leve essa mensagem, este recado a Brasília. Não se trata aqui de um movimento de oposição para fustigar, para desgastar ou qualquer coisa, é o movimento de Defesa do Rio Grande do Sul, é um movimento de Defesa do agronegócio". (Eduardo Leite 1)
Logo após, Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag, tomou uso da palavra:
"Quero dizer para vocês que é importante vocês estarem aqui e que a vinda de vocês em Cachoeira, em Rio Pardo, elas nos dá certeza de que a verdade a Farsul e a Fetag não está trabalhando sozinha, que os produtores estão junto com nós e aquele trabalho que vocês fizeram dos dois eventos nos dá, por exemplo, ontem às 11:30, receber a ligação do ministro Paulo Teixeira, isso é fruto de quê, da união de vocês e eu considero que a união de vocês não é um evento paralelo, é um evento complementar de apoio a falta da Fetag e da Farsul e que vai fazer toda a diferença, sim, já está fazendo e vai fazer mais, mas vocês têm que saber que vocês estão aqui hoje infelizmente por vocês e por muitos que estão em casa e que deveria estar aqui com vocês também, mas que não vieram". (Joel 1)
Agora, os produtores aguardam pelas alterações, fiscalizando se irá ocorrer o necessário para a retomada de suas vidas produtivas no campo. Maquinários seguem em pontos estratégicos das mais de 50 cidades apoiadoras deste movimento, caso necessário realizar novas manifestações.
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