O governador Eduardo Leite participou, na quinta-feira (5/12), da entrega do Selo Município Amigo da Vacina, que valoriza as estratégias de imunização adotadas pelas prefeituras em todo o Estado.
A iniciativa da Secretaria da Saúde (SES), em parceria com o Ministério Público Estadual (MPRS), certifica os municípios do Rio Grande do Sul que atingiram as metas de coberturas vacinais em três vacinas do calendário básico. A premiação, realizada no auditório do MPRS, em Porto Alegre, considerou a aplicação das vacinas Pentavalente, Tríplice Viral e HPV.
Cada tipo representou uma categoria – baby, dente de leite e teens, respectivamente – com uma meta a ser atingida na cobertura vacinal em 2023 em suas respectivas faixas etárias. E os selos foram divididos, conforme o número de categorias em que a meta tenha sido batida, em Ouro (três categorias atingidas), Prata (duas) e Bronze (uma).
Infelizmente Tupanciretã ficou de fora da lista, alcançando 81,48% na categoria BABY, 92,59% Categoria DENTE DE LEITE, e 75,26% Categoria Teens, sendo necessário alcançar 95%. A redação entrou em contato com a Coordenadora de Imunização do município, Andrea Appel, detalhando o ocorrido:
"Infelizmente hoje, eu tive a triste notícia de que o nosso município ficou de fora da lista daqueles que ganharam o selo amigo da vacina 2024, então aqui eu vou colocar algumas questões para que a gente possa refletir juntos. Todos os anos, a mais de 10 anos, nós vamos em todas as escolas do município, todas para vacinar determinado público contra o HPV e contra meningite, e mesmo assim a gente atingiu somente 75,26%. O nosso município vizinho (Júlio de Castilhos) que não vai nas escolas, a cobertura contra o HPV ultrapassou o 100%. Aí eu pergunto: porque que a grande maioria dos pais ou responsáveis não autorizou, ou se quer leu o bilhete de autorização, e assim eu pergunto para comunidade de Tupã: porque não houve o interesse de vacinar seus filhos contra doenças que causam câncer, e a meningite que é uma doença tão grave que se não mata, pode deixar sequelas". (Andrea 1)
Na Categoria 3, municípios com 501 a 1.500 crianças ou adolescentes de nove a 14 anos (139 cidades concorrentes), o 1º lugar (R$ 75 mil) foi para Júlio de Castilhos (102,67%). Reflexiva, Andrea ressalta:
"Para o ano que vem, em 2025, o setor de imunizações já está planejando ações como ir em todas as EMEI's, e escolas, e aplicar todas as vacinas do calendário, não somente as vacinas do HPV e meningite, tá, todas as vacinas do calendário de vacinação de acordo com o PNI (Programa Nacional de Imunizações), mas para que isso aconteça, para que a nossa cobertura avance, é necessário que a comunidade esteja disposta a transformar essa realidade através de busca de informações, de busca de conhecimento, e de valorização das vacinas que são a única forma que existe de evitar determinadas doenças. Não existe outra forma, não existe, só existem formas de tratamento de doenças, mas se existe a forma de prevenir, de não adquirir essas doenças, é o ideal. Então eu peço ajuda, peço a colaboração de todos os pais, responsáveis, cada pai, cada mãe, cada pessoa da nossa comunidade para que juntos nós possamos transformar essa realidade, e que juntos nós possamos fazer com que o nosso município seja um modelo numa questão tão importante que é a vacinação que é a única maneira de evitar as doenças imuno preveníveis. Um abraço a todos". (Andrea 2)
Entre os 497 municípios, 139 receberam o Selo Ouro, por alcançarem a meta nas três vacinas. Outras 129 cidades cumpriram o índice estabelecido em dois tipos de imunizante e ficaram com o selo Prata, e 149 levaram o Bronze por baterem a meta em ao menos uma das categorias. A partir de 2025, o projeto também irá auxiliar no cruzamento de dados de matrículas escolares dos municípios com os registros da SES sobre vacinas aplicadas.
O objetivo é fornecer às prefeituras um mapeamento de quais crianças e adolescentes necessitam completar alguma etapa de vacinação pendente. Para formalizar a novidade, um termo de cooperação entre Estado e MP foi assinado na solenidade.
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