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Tupanciretanense comenta obra poética sobre a Semana Farroupilha veiculada na Rádio Tupã

18/09/2025 09:09:36

A Rádio Tupã e Clube UM FM, veiculam em sua programação, uma mensagem de homenagem à Semana Farroupilha.

Com instrumental do músico Régis Reis e interpretação do Dr. Mendes, a poesia escrita é de Nilton Carlos Rosa, Advogado e Poeta. Ele comenta sobre o convite para criação do poema:

"Tinha um prazo, e no nosso contato, foi na sexta-feira que eu disse: “até domingo eu te digo se sai ou não sai”. E, graças a Deus, até domingo saiu.

É o seguinte, Miguel, aproveitando essa oportunidade: o trabalho de compor... As pessoas dizem: “faz uma poesia aí pra hoje de tarde”. Mas eu não tenho esse talento, esse dom de fazer sob encomenda. Não consigo. O poema vem de graça, num momento em que tu nem espera. Quando é encomendado, precisa de tempo para poetizar, porque poesia é diferente de verso.

Nosso grande patrono desta Semana Farroupilha, esse artista fantástico, o Antônio Oliveira — cantor, compositor e intérprete — é incrível. O Antônio faz 500 versos numa tarde! Se fosse a mesma coisa, ele seria o maior poeta do mundo. Essa é a diferença da criação.

Falando sobre esse primeiro verso, quando eu conseguir achar o primeiro, agora sim estou no caminho. Ele fala de fatos, lendas e mitos, e que a Semana Farroupilha pulsa forte na memória da gente. Isso é evidente, contagiante e maravilhoso, porque a nossa cultura é uma das maiores expressões culturais do mundo. É uma cultura fantástica". (Nilton 1)

Refletindo sobre a Semana Farroupilha e sua celebração, Nilton destaca:

"Nós estamos comemorando a cultura gaúcha, que tem história, que tem lendas e que tem fatos. O fato dos Farroupilhas, desses revolucionários, dessas pessoas que sonharam em fazer aqui uma república, não terem tido sucesso, isso é outro detalhe. O que importa foram os atos heróicos praticados, os sacrifícios que eles passaram e a mensagem que eles deixaram.

Eu penso sempre assim: é uma injustiça com vários personagens importantes da Revolução, que eram abolicionistas, republicanos, que tinham esse sonho e essa ideologia. Isso sim é o que merece ser lembrado.

A nossa cultura é legítima, é uma das manifestações culturais mais lindas do mundo. Por isso, eu fico triste, chateado, quando vejo pessoas — até mesmo historiadores, como o tal Bolivar Lamounier e outros — escrevendo manifestos contra o tradicionalismo, como se o tradicionalista estivesse fazendo algo errado, como se estivesse comemorando apenas uma guerra que teve barbaridades.

Ora, guerras não são boas, ninguém gosta de guerra. Eu termino esse poema dizendo: nós temos que comemorar com festa, com alegria, com paz. Não com armas na mão, mas sim com a chama crioula no coração. Porque a guerra só se justifica em nome da liberdade. E hoje, nós vivemos outros tempos". (Nilton 2)

A entrevista completa sobre a produção musical e reflexão sobre a data, está disponível nas plataformas digitais da Rádio Tupã.


  • Nilton



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