Os primeiros animais a ingressar na 48ª Expointer foram dois ovinos da raça Texel naturalmente colorida, da Fazenda do Angico, de Tupanciretã (RS). O criador Arthur Valadão saiu do município no início da tarde de domingo e, após percorrer cerca de 350 quilômetros, foi recepcionado pelo presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Marcos Tang, e pelo secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Edivilson Brum.

O feito valoriza o trabalho da propriedade e coloca Tupanciretã em evidência no cenário estadual.

"Essa conquista de vir para a Expointer e conseguir o primeiro lugar foi muito especial. Já é a terceira vez que tentamos: em um ano ficamos em quarto, no ano passado em terceiro, e agora, graças a Deus, conseguimos ser os primeiros.

Muita gente pergunta por que chegamos tão cedo à Expointer. A explicação é simples: estamos longe do centro do Estado, de Porto Alegre, e os animais acabam sofrendo um pouco com a viagem, seja pela alimentação ou pelo estresse. Por mais que estejam acostumados a participar de várias exposições, sempre existe um desgaste.

Por isso, preferimos vir com antecedência, para que os animais tenham tempo de se adaptar. Na cabanha, por exemplo, já fazemos um preparo: deixamos rádio ligado, luz acesa, para que eles se acostumem ao barulho e ao movimento de pessoas. Se não fosse assim, quando chegam aqui, poderiam ficar sem dormir, perder peso e até se alimentar menos.

Então, o objetivo de chegarmos antes é justamente garantir que os animais estejam tranquilos, alimentados e descansados no dia do julgamento". (Arthur 1)

A Fazenda do Angico está há cinco anos sob os cuidados de Arthur e de sua esposa, Ana Paula Martins. No ano passado, a propriedade foi reconhecida na Expointer com o prêmio de Cabanha do Ano, além de participar de uma série de exposições e eventos ao longo do calendário agropecuário.

Foto: Fernando Dias/Seapi