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Tupanciretanenses alegam dívida da Cotribá e paralisam retirada de Soja para venda

17/09/2025 11:09:37

Na manhã desta quarta-feira, um produtor, o qual prefere ter seu nome preservado, representando a Estação Espinilho, no Assentamento Fátima, em Tupanciretã, entrou em contato com a reportagem.

O produtor rural, alegou sobre a empresa Cotribá estar com uma dívida aos produtores, e retirando a Soja de seus silos, para comercialização, sem o devido pagamento:

"Eles sempre dão a mesma resposta: “vamos pagar, vamos pagar”, mas na prática nunca pagam. Às vezes, até fazem um pagamento menor, coisa de menos de 5 mil reais, mas ficam só nisso. Tem gente que está há mais de 90 dias sem receber.

É assim que eles estão funcionando. Quando tem reunião, não dão respaldo nenhum, e nem se dispõem a marcar. O pessoal vai até a unidade e recebe sempre a mesma resposta. Quando tentam ligar, muitas vezes nem atendem o telefone.

Diante disso, a gente se obrigou a tomar essa atitude, porque eles estão limpando os silos, e a soja que está estocada aqui é a única garantia que a gente tem de receber". (Assentamento Fátima 1)

O produtor mandou um vídeo, completando sobre a empresa ter retirado seus caminhões do local, e devem nas próximas horas, enviar um representante para negociar, comunicou o produtor. 

A Cotribá não passa por um momento equilibrado, divulgou recentemente a Rádio Cidade de Ibirubá. A empresa reconhecida como a mais antiga do Brasil, atravessa um período de forte reestruturação. Em menos de dois meses, a cooperativa publicou quatro comunicados oficiais que revelam a gravidade do momento e os esforços para recuperar a credibilidade. O ponto alto dessa sequência foi o anúncio da chegada de Luis Felipe Maldaner como novo CEO, em 12 de setembro.

O primeiro comunicado, de 30 de julho, marcou a criação do Comitê de Reestruturação, formado para planejar e monitorar medidas estratégicas diante da crise financeira. A Cotribá não concedeu entrevistas até o momento, mas a apuração da reportagem indica que a cooperativa enfrenta um passivo estimado em R$ 100 milhões com vencimento em 30 dias. Fornecedores locais enfrentam atrasos nos pagamentos, fato que se estende também à funcionários.

A reportagem buscou contato, não foi atendida, porém, segue à disposição da empresa.


  • Caminhões paralisados



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