Criada em 2005, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) é promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), com apoio dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Direcionada a alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao final do Ensino Médio, a competição tem como objetivo estimular o estudo da matemática e revelar jovens talentos em todo o Brasil.

Na 19ª edição da OBMEP, realizada em 2024, a dimensão da competição reforça ainda mais o valor das conquistas dos alunos do IFFar. Ao todo, 56.516 escolas de todos os estados brasileiros participaram da primeira fase, envolvendo mais de 17,6 milhões de estudantes da rede pública e 811 mil da rede privada. Na segunda fase, avançaram 850.305 alunos da rede pública e 49.050 da rede privada, compondo um cenário altamente competitivo.

A cerimônia regional da 19ª OBMEP foi realizada na sexta-feira, 4 de abril, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), reunindo estudantes de toda a região que se destacaram na competição. Entre os premiados está Gustavo Ceolin Kuhn, natural de Tupanciretã, o aluno do terceiro ano do curso técnico em agropecuária integrado ao ensino médio do Campus Júlio de Castilhos, que conquistou uma medalha de prata.

Para ele, a motivação veio de uma experiência anterior. “Na primeira vez que participei, saí da segunda fase bem chateado, porque sabia que podia ter ido melhor. Não tinha estudado nada. No ano passado, uma das minhas metas foi me dedicar mais e tentar melhorar meu desempenho. Não queria repetir o mesmo resultado do ano anterior”, conta.

Moradora de Tupanciretã, a família enfrenta uma rotina exigente para garantir os estudos do filho — que inclui acordar cedo e percorrer diariamente o trajeto até Júlio de Castilhos. “Ele sai de casa às 6h da manhã e, às vezes, só volta no fim da tarde. Mas tudo isso vale a pena. O estudo é algo que levamos para a vida toda. Ver ele conquistar essa medalha foi muito gratificante. Ele se dedicou, se esforçou e foi recompensado por isso”, comenta Graciela, mãe do aluno.

Mais do que um reconhecimento, as medalhas conquistadas na OBMEP representam a abertura de novas oportunidades acadêmicas. Os estudantes premiados podem ser convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC), desenvolvido com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O programa oferece bolsas mensais de R$ 300, mentorias especializadas e acesso a materiais de aprofundamento, proporcionando uma experiência enriquecedora. Trata-se de uma oportunidade concreta de continuidade na formação científica, que pode abrir caminhos para bolsas no ensino superior, programas de mestrado e até doutorado.

Além de Gustavo, os estudantes Arthur Severo, 13 anos, do 8º ano, Miguel Severo da Costa, 12 anos, do 7º ano e Rafael Paza Soares, 13 anos, também do 8º ano, da Escola de Ensino Fundamental Dr. Flory Druck Kruel, e na Escola Estadual de Ensino Médio Joaquim Nabuco, os alunos, Samuel de Jesus Daoud e Samile de Jesus Daoud, sob orientação da professora Luiza Langner Pereira, conquistaram Medalhas de Bronze.

Fonte e fotos SECOM IFFar